CCL 24 _ UNICAMP 

Dias 16 e 17 de Setembro _ Oficinas + palestras + exposições comentadas 

Oficina 1 _ Caminhar Sonoro CoMo 

CoMo é a abreviação para o aplicativo Collective Movements para interação entre sons e movimentos. Nesta interseção, tanto os sensores como as caminhadas são dispositivos para encontros, interações e movimentos coletivos. CoMo é uma coleção de protótipos de Web Apps, baseado em um ecossistema de software desenvolvido pela equipe do ISMM do IRCAM, em Paris. O aplicativo, acionado pelos aparelhos celulares, está disponível online e será utilizado para essa interação entre sons e movimentos em um caminhar coletivo, acionando também partituras da dança contemporânea. 

Info sobre o CoMO: https://apps.ismm.ircam.fr/como  

Link Caminhar Sonoro CoMo na FAU/USP 2023 https://vimeo.com/905417407  

Oficina 2 BehCreative

BehCreative, gera cores e sons como resposta aos movimentos dos braços e do corpo. A ideia é estudar o comportamento do usuário para fins terapêuticos, como a recuperação motora em casos de danos causados por acidente vascular encefálico. A pesquisa foi realizada no Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (Nics), em colaboração com o Instituto Brasileiro de Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), ambos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Oficina 3 – Corpo Sonoro Expandido

A proposta da oficina 

é explorar de forma expandida um corpo poético através da interação entre o movimento, som e a tecnologia em realidade mista.

O participante é convidado a vivenciar um Corpo Sonoro como um “hub” criativo em dialogia comunicacional e perceptiva O workshop é parte do projeto “Corpo Sonoro Expandido (CSE): espaços ampliados entre som, movimento e tecnologia em realidade mista” coordenado pela professora e pesquisadora profa Daniela Gatti e que estabelece uma rede de artistas pesquisadores vinculado ao “Núcelo de Dança Redes”que empreendem o foco na criação interativa, multimodalidade e virtualidade como articulação comunicativa, mesclando linguagens da música, dança e audiovisual por meio da interação computacional e suportes tecnológicos em ambientes híbridos reais/virtuais.

Utilizaremos dispositivos celulares e kinect para explorar a interação entre movimento, som e imagem.

Dinâmica 1 – participantes exploram o corpo sonoro com mediação de dispositivos celulares partindo de protocolos de movimentos guiados durante a improvisação.

Dinâmica 2- participantes exploram o corpo sonoro expandido em nuvens de pontos em realidade mista com a música.

Palestra Scott de Lahunta 

Acervos Digitais em Dança Scott deLahunta (Motion Bank,CCL e Coventry University U) Palestra em torno dos acervos digitais, notação e plataformas online de dança contemporânea Choreographic Coding Labs (CCL), coordenados por Scott deLahunta e Florian Jenett. http://motionbank.org https://choreographiccoding.org/ http://www.sdela.dds.nl/

Exposição comentada GaiaSense 

aplicativo móvel para geração de composições audiovisuais a partir de plataformas planetárias. Através de composições audiovisuais baseadas em localização e impulsionadas por dados climáticos, o projeto estabelece uma conexão mais íntima entre indivíduos e as realidades das mudanças climáticas, promovendo uma sensibilidade ambiental mais aguçada. 

Convidados:

Scott deLahunta

Trabalha como escritor, pesquisador e organiza uma série de projetos internacionais, relacionados a performance com foco em coreografia em relação a outras disciplinas e práticas. Atualmente é professor de dança, no centro de pesquisa de dança, Coventry University (Reino Unido) e pesquisador sênior do Deakin Motion.Lab, Deakin University (AUS). Ele é co-diretor (com Florian Jenett) do Institut Designlabor Gutenberg vinculado ao Hochschule Mainz University of Applied Sciences. De 2010 a 2014, foi Diretor da primeira fase do Motion Bank para o Projeto da The Forsythe Company. Ele foi Pesquisador Associado da Dartington College of Arts (Reino Unido) de 2000 a 2009, durante o qual iniciou uma pesquisa de longo prazo sobre processos criativos em dança com Wayne McGregor. De 2008 a 2013, ele foi o Diretor de R-Research do departamento de pesquisa interdisciplinar de Wayne McGregor | RAndom Dance. De 2006 a 2010, DeLahunta foi bolsista de pesquisa do Grupo de Pesquisa em Teoria e Pesquisa e Prática de Arte e Pesquisa e Desenvolvimento, Escola de Artes de Amsterdã, onde trabalhou em estreita colaboração com a companhia de dança Emio Greco | PC, um projeto que culminou com o projeto de pesquisa de dois anos (2008-2010) Inside Movement Knowledge. Durante este período, também atuou como consultor no projeto do Siobhan Davies Digital Dance Archive e Synchronous Objects, for One Flat Thing, reproduced, reproduzido por William Forsythe. Ocupou cargos de pesquisa de curto prazo em diversos contextos, incluindo o Kings College Cambridge (2005) e atua nos conselhos editoriais da Performance Research e do International Journal of Performance Arts e Digital Media. Ele publicou amplamente e é frequentemente convidado para falar em eventos internacionais. DeLahunta participou de vários júris, incluindo Arts Council England, NESTA e Prix Ars Electronica. Ele lecionou em diferentes instituições educacionais no passado, incluindo a Escola para o Desenvolvimento de Novas Danças em Amsterdam Master of Choreography (1994-2006), com base na Escola de Artes de Amsterdã, onde também co-desenvolveu o programa Mestre de Coreografia de Amsterdã. PhD de DeLahunta (2010) da Universidade de Plymouth

 http://www.sdela.dds.nl/

Anton Koch

Desenvolvedor sênior do projeto Motion Bank na Universidade de Ciências Aplicadas de Mainz, que foi originalmente iniciado pelo coreógrafo William Forsythe em Frankfurt por volta de 2010 para pesquisar a documentação digital e a transmissão de processos de pensamento coreográfico. Sua formação original é em produção musical e trabalha como desenvolvedor há cerca de vinte anos em várias start-ups e outros empreendimentos comerciais.

Júlia Abs 

Doutoranda e pesquisadora no Programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte, da Universidade de São Paulo, Brasil, e pesquisadora convidada no Institut für Angewandte Theaterwissenschaft da Justus Liebig Universität Gießen, na Alemanha. Seus interesses de pesquisa abrangem as teorias da dança e performance, a relação da dança com as artes visuais, história e filosofia da arte e processos interdisciplinares de pesquisa acadêmica e artística. Trabalha como coreógrafa e intérprete em seus próprios projetos e colabora com artistas no Brasil e no exterior. Ela é iniciadora de alguns projetos em São Paulo (Brasil) que transferiram espaços das artes performáticas para galerias de arte e espaços de museus, sendo assim parte do chamado movimento internacional, Dance in the Museum. 

Trabalhou como professora de estudos de dança e suas interações com a história da arte em contextos acadêmicos e não acadêmicos, aplicando metodologias que unem teoria à prática. Atualmente pesquisa os temas de coreografia, escrita da dança, corpo-arquivo, anotação digital de dança, partituras (analógicas e digitais) e sua transmissão, documentação e comunicação em sistemas baseados na web, na Alemanha, como o projeto Motion Bank idealizado por William Forsythe, e o Choreographic Coding Lab.

Artemis Moroni  

Pesquisadora no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, na Divisão de Sistemas Ciberfísicos. Participou da 20a. Bienal Internacional de São Paulo (1989) com a instalação interativa Arte Fractal e da 21a. Bienal (1991) com a instalação robótica Variações Previstas. Em 1992, projetou a instalação robótica interativa Seres de Aurora para evento juvenil Gênesis – Os Engenhos do Homem, apresentada no SESC Pompéia. Em 1999 participou do desenvolvimento do sapato eletrônico, apresentado em Bristol, na performance ActContAct e em Viena. Também em 1999 o sistema Vox Populi, resultado parcial de seu doutorado, foi premiado no Japão como instalação interativa. Em 2005 iniciou o projeto Jovem Pesquisador (Pr. FAPESP 05/56186-9) AURAL: Ambiente Robótico Evolutivo aplicado à Produção Sonora e Visual. Em 2011 iniciou o programa ERoMm Experimentos Robóticos Multimodais, explorando técnicas associadas à área de Interação Humano-Robô (IHR) e Robótica Social. Desde 2005 é pesquisadora colaboradora do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS), UNICAMP. Em 2022 o artigo Vox Populi: An Interactive Evolutionary System for Algorithmic Music Composition (2000, Moroni, A., Manzolli, J., Von Zuben, F., Gudwin, R. LEONARDO MUSIC JOURNAL VOL. 10, 2000) foi citado na edição comemorativa de 30 anos da revista Leonardo como um dos que revolucionaram a teoria e a pesquisa em tecnologia musical. Em 2023 foi co-organizadora do EAI ArtsIT 2023, que teve a sua primeira edição no Brasil. Atualmente, é coordenadora do projeto GaiaSenses, e participante do projeto Robôs Socialmente Interativos Atuando em Ambientes Públicos (Pr. FAPESP 20/07074-3).

Daniela Gatti

Pesquisadora e Professora associada (Livre Docente) na Universidade Estadual de Integra o Corpo Docente do departamento de Artes Corporais e Programa de Pós Graduação em Artes da Cena do Instituto de Artes. Lidera o Grupo de pesquisa Núcleo de Dança REDES desde 2012 com projetos voltados a processos criativos multidisciplinares. É membro do conselho do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora da UNICAMP (NICS) e atualmente coordena a pesquisa financiada pela FAPESP Expanded Sound Body (ESB): expanded spaces between sound, movement and technology in mixed realities, voltado a poéticas de interação multimodal entre corpo e som com novos suportes. Desde 2013 dirigiu trabalhos coreográficos em parceria com o professor e compositor Jonatas Manzolli e orquestra sinfônica da UNCAMP com as peças (Matizes 2013/ Descobertas 2015/ De uma Margem a Outra 2018/ Jardim das Cartas 2021). Dirigiu e coreografou a obra Sagração da Primavera com Orquestra sinfônica de Campinas em comemoração ao seu centenário com financiamento da Secretaria de Cultura de Campinas (2013). Em 2017 recebeu o Prêmio de reconhecimento Docente de Graduação Instituto de Artes – UNICAMP. Coordenou o curso de graduação em dança da UNICAMP (2010- 2017) coordenou os cursos de graduação do instituto de artes da Unicamp (2014 a 2016) assessorou a Pro Reitoria de Graduação da UNICAMP (2017 – 2021) e assumiu a Diretora de Cultura da Prefeitura Municipal de Campinas (fev a abril 2021). Desde 2013 assessora o projeto social Usina da Dança do Instituto Oswaldo Ribeira de Mendonça em Orlândia SP 

Elena Partesotti

Possui doutorado em Musicology and Music Technology – Universidad de Valladolid (2016). Atualmente é postdoctoral researcher – Núcleo Interdisciplinar da Comunicaçao Sonora. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Music Therapy and Music Technology