Na próxima terça-feira, 10 de outubro de 2023 as 14h, serão apresentadas duas palestras sobre Som, neurotecnologia e realidade virtual: novos caminhos para terapia, dentro do Ciclo Comemorativo NICS 40 anos.
Local: NICS – Rua da Reitoria 165, Unicamp https://youtube.com/@nicsunicamp
Elena Partesotti
(NICS – UNICAMP)
Musicoterapia e Instrumentos Musicais Digitais Estendidos (EDMI): Perspectivas Interdisciplinares sobre Música, Criatividade e Neurotecnologia”
O que torna a música tão poderosa a ponto de ser empregada em contextos terapêuticos, e quais são as bases neurocientíficas que a sustentam?
Durante esta palestra, exploraremos os fundamentos da musicoterapia e o papel das neurociências na compreensão de seus mecanismos de ação, ilustrando como a música pode ser integrada em programas de reabilitação baseados em neurotecnologia.
Explicaremos como a musicoterapia, combinada com os EDMI, abre novas possibilidades interdisciplinares. Abordaremos o empoderamento criativo e apresentaremos alguns exemplos de EDMI utilizados para esse propósito.
A palestra concluirá com uma reflexão sobre a crescente importância da colaboração entre musicoterapia e neurotecnologia nos campos da reabilitação e do bem-estar, abrindo novas perspectivas de pesquisa e prática clínica.
Alexandre Brandão
(Escola Politécnica PUC- CAMPINAS)
Interação gestual e realidade virtual associada a recuperação física e neurofuncional
Serão apresentadas as iniciativas da linha de pesquisa sobre realidade virtual e recuperação neurofuncional em desenvolvimento no âmbito do Cepid BRAINN (Brazilian Institute for Neuroscience and Neurotechnology – https://cepid.fapesp.br/ / https://www.brainn.org.br/). Tais inciativas consistem no desenvolvimento de tecnologias de reconhecimento de gestos a partir de técnicas de visão computacional e sensoriamento (ultrassom e unidades inerciais), voltadas ao controle (por interação gestual) de interfaces de realidade aumentada e virtual, com aplicações em terapias de recuperação motora e neurofuncional. As soluções desenvolvidas permitem a interação humano-computador de forma não convencional, a partir de estímulos motores. Assim, com o uso de tais soluções, é possível rastrear os movimentos dos pacientes (associados a terapias de reabilitação) e convertê-los em comandos de interação com o ambiente virtual (imersivo e não-imersivo), bem como realizar o registro e a mensuração em tempo real da atividade motora realizada durante a intervenção, evidenciando a evolução funcional com o decorrer do tratamento.